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Boa pergunta! Já parou para pensar sobre o que te faz soluçar e que você não consegue fazer parar? A Ana Clara, que tem 10 anos e mora em Caeté, já. Ela deixou essa dúvida para a gente e quem lança uma luz sobre a questão é Aluísio Medeiros, aluno de Medicina da UFMG.
“O soluço é a conseqüência da contração involuntária de alguns músculos que têm a ver com a nossa respiração. O principal deles é o diafragma, que é um músculo fino, parecido com uma bola partida ao meio, que separa internamente os órgãos do peito dos da barriga. Ele age sobre os nossos pulmões, fazendo com que eles se encham e se esvaziem de ar, com um certo ritmo. Mas, durante os soluços, o diafragma se comporta de forma “esquisita” e nossas inspirações ficam rápidas e curtas.
Então, de onde surge a falta de ritmo do diafragma? Curiosamente, não há um mecanismo conhecido para o início do soluço. O que se sabe é que algumas situações do dia-a-dia estão associadas à irritação do diafragma e, dessa forma, ao próprio soluço. Pode ser o aumento do volume do estômago (como ocorre quando se toma um refrigerante lotado de gás), quando engolimos uma grande quantidade de ar ou alimento, ou até mesmo quando damos aquela boa gargalhada!
Ah! E sabe mais? Por não ter uma causa bem definida, até hoje não se sabe o que fazer para pôr fim naqueles danados soluços. Com isso, muitas pessoas fazem vários “truques” que podem ou não ser úteis: tentam “prender” a língua ou elevar o ”sininho” da garganta com uma colher; comer um pouco de açúcar; prender a respiração; assuar o nariz; dobrar as pernas sobre a barriga; respirar mais depressa (como quando levamos um susto) ou mesmo dar um arroto.
Então, já sabe né? Caso o soluço apareça, fique tranqüilo e se quiser tente fazer alguma coisa, mas sempre lembrando que o soluço é um evento bem comum, que pode até parar sozinho”.
Legal, né?